terça-feira, 29 de maio de 2012

Eu quero mais é correr! 10km da Tribuna 2012

O caso de amor é antigo. Uma das provas que me incentivaram a correr (junto com a São Silvestre), a prova na qual detenho minha melhor marca de 10km, a prova da qual mais vezes participei e talvez aquela que seja mais prazeroso participar. Sim, quis o destino que eu voltasse a competir justamente na 27ª edição dos 10 km Tribuna FM de Santos. Voltasse, pois como já mencionei nos posts anteriores, dia 1º de março fui submetido a uma cirurgia de apendicite que me afastou dos treinos durante 5 semanas, adiando temporariamente (repito, temporariamente!) meus planos de participar de uma maratona. Uma vez retomados os treinos, a corrida mais próxima seria a da Tribuna. Ideal para um retorno, visto que já conheço o percurso de cabo a rabo e que é uma prova relativamente fácil de se participar.

No entanto, o fato de ter apenas 6 semanas de preparação foi um verdadeiro desafio. Por mais que antes da cirurgia eu estivesse fazendo treinos de 20km e preparado para aumentar a carga para 25km, uma cirurgia e 5 semanas de repouso são o suficiente para que qualquer um retorne à estaca zero. E comigo não foi diferente, é claro. Logo em meu primeiro treino sofri para conseguir completar 4km. Nas 2 primeiras semanas fui aumentando a distância aos poucos, até que finalmente na terceira semana completei meu primeiro treino de 10km. E assim continuei treinando, completando 2 treinos um pouco mais longos (12km) e um último treino mais curto focando na velocidade nesse período (5km, completados em 26 minutos). Dado o treino de velocidade, eu até poderia tentar focar em um tempo na corrida, mas achei melhor não. Meu melhor tempo nessa prova é 50min51seg, de modo que vou focar em tempo apenas quando me sentir em condições de realmente superar essa marca. O que definitivamente não seria dessa vez.

E assim fui para Santos no sábado. Mal chegando lá fui correndo pegar o kit (com o perdão do trocadilho). Não se compara ao kit de outros anos, nos quais diversos brindes eram distribuídos aos corredores, como barrinhas de cereal, energéticos, carboidratos, dentre outros brindes promocionais de patrocinadores. Mas ouvi dizer que vários desses brindes alimentares andaram sendo vetados pelas autoridades. Seja como for, é realmente frustrante você pagar R$ 60,00 na inscrição, pegar o kit da corrida e encontrar apenas anúncios dos patrocinadores e quase nada de útil para o atleta. Mas cabe aqui um elogio também: a camiseta dessa corrida é a mais bonita de todas as que já ganhei em kits de participação até hoje. Fora isso, o kit novamente apresentou uma revista, da qual não gostei muito. A da edição de 2010 foi muito bacana, pois era edição comemorativa dos 25 anos da prova, e teve várias matérias interessantes. Mas as do ano passado e deste ano achei apenas "mais do mesmo" e não acrescentou muita coisa. A única reportagem que gostei foi sobre Musculação, e mesmo assim apenas pela frase destacada da Professora de Educação Física Cássia Campi: "Não se preocupe tanto com meta. Tente relaxar na prova, porque é muito legal correr com todo mundo acenando."

Veio então o dia e a hora da corrida. Apesar de já estar acostumado com essas coisas, não posso esconder que fui dormir com uma ansiedade enorme de que a noite fosse curta e a corrida chegasse logo. Fui cedo ao local de largada. Desta vez não tive os mesmos problemas do ano passado e consegui largar no pelotão certo e condizente com meu tempo esperado de prova. Tanto que não achei a saída tão confusa assim. Quem estava largando perto de mim é porque iria impor um ritmo semelhante ao meu. Tomei cuidado para não forçar muito no começo e assim ficar sem energias para o resto do percurso. Mas por mais que eu tentasse segurar o ímpeto, a animação da prova era tão grande que completei os 4 primeiros quilômetros na marca dos 21min, numa média de 5min15seg por quilômetro. Muito melhor (no sentido de mais lento) que os primeiros quilômetros suicidas do ano passado, mas ainda assim um ritmo mais forte do que eu poderia aguentar. Resultado: o gás começou a acabar na Avenida Afonso Pena e tive que diminuir o ritmo. Comecei a fazer contas para estimar o tempo de chegada, mas uma hora lembrei da frase que li na revista e resolvi dar ouvidos ao que a professora disse e busquei apenas relaxar a curtir a prova.

Uma diferença que reparei com relação aos anos anteriores é que haviam menos bandas de música e mais DJ's ao longo do percurso. No km 2 havia um carro de som ligado na Rádio Tribuna, logo na virada da Av. Ana Costa. Por volta do km 5, na Av. Afonso Pena, havia outro DJ com um apresentador agradecendo a presença das várias academias e equipes de empresas participando. Banda de música de verdade tinha apenas no km 8, logo na esquina do Canal 5 com a Praia. Outra coisa interessante que achei é que havia um posto de distribuição de água não-oficial da prova na altura do km 5 (os oficiais ficavam nos quilômetros pares), sendo uma estratégia de marketing de uma Temakeria ali da Afonso Pena.

Voltando à minha participação, quando entrei no Canal 5 e vi que já havia percorrido dois terços da prova tentei apertar o passo. Mas não deu. Eu de fato havia feito os primeiros 4km num ritmo muito forte e agora não tinha mais pernas. Acho que esse foi o trecho mais difícil da prova. É o único trecho com asfalto ruim. É uma das vias mais estreitas do percurso. E além disso eu já estava cansado e via meu ritmo cair. Mas fui seguindo em frente e dobrei a esquina do Canal 5 com a praia com pouco menos de 43 minutos de prova, tendo feito cerca de 6min/km no último quilômetro.

Confesso que de todas as edições da Tribuna, essa foi a que os últimos 2km pareceram os mais longos. Em geral eu conseguia dar um sprint final na praia e finalizar o trecho rapidamente. Mas dessa vez eu não conseguia. Faltavam-me pernas. Além disso, eu vi que o gás de muita gente por ali já havia acabado, e eu precisaria de mais energia ainda para realizar ultrapassagens. No fundo ainda consegui tirar energias para melhorar o pace para 5min30seg/km nesse trecho final, cruzando a linha de chegada com 54 minutos e 07 segundos de acordo com o tempo oficial.

Uma vitória, sem sombra de dúvidas! Uma vitória maiúscula eu diria! Em apenas 6 semanas de treinos após uma cirurgia consegui completar 10km com uma velocidade média superior a 11km/h! E o fato de ter chegado exausto e sem capacidade de realizar um sprint final apenas comprova que cheguei ao meu limite nessa corrida. Não teria como fazer um tempo melhor que esse. Fiz o meu melhor, e é isso o que importa!

O próximo desafio já está marcado e será em breve. Aguardem! Por enquanto deixo aqui a foto da 15ª medalha da minha coleção.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Map My Run - Abril 2012


Como havia comentado no post de fevereiro, dia 1 de março fui submetido a uma cirurgia de apendicite que me afastou das corridas durante cerca de 5 semanas. Mas o importante é que no dia 9 de abril voltei a correr. Como pode-se observar, o retorno foi lento e gradual, começando com um treino de 4km e a partir daí aumentando 1km por treino. O ritmo também não foi fácil de retomar. Ou melhor, não está sendo fácil.

Mas independentemente de quão rápido ou quão longo estou conseguindo correr, o importante é que consegui manter a disciplina de treinar cerca de 2 a 3 vezes por semana. Sem forçar muito e sem exigir muito também. Com isso, finalizei o mês de abril com cerca de 54km na bagagem. Bem abaixo dos 127km de Janeiro como já era de se esperar, mas uma marca muito boa!

Com isso estou finalizando minha preparação para os 10km da Tribuna que será agora no dia 20 de maio. Sim, vou participar dessa prova pela quinta vez, e garanto que não será desta vez que conseguirei fazê-la abaixo de 50 minutos dado o ritmo que venho fazendo em meus treinos. Diria que terminar em 55 minutos seria mais realista. Mas não estou me preocupando muito com isso. Quero apenas terminar minha primeira prova pós-apendicite. Semana que vem espero voltar com um post desta corrida. Até lá!