quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Correr com os amigos é sempre bom: Ayrton Senna Racing Day 2015

2016 foi um ano tão corrido que ao chegar ao final do ano percebi que ainda estava devendo uma postagem referente a uma corrida que participei em 2015. Comecei a escrever esse post, acabei deixando de lado, e só agora já quase no final de 2017 que eu finalizo-o. Mas trata-se da 12a. edição da Ayrton Senna Racing Day, corrida de revezamento que ocorre no Autódromo de Interlagos e da qual eu já havia participado também em 2013.

Assim como na outra edição, essa é uma boa oportunidade para encontrar o pessoal do trabalho em um outro ambiente, muito mais descontraído. Também serve como oportunidade para motivar quem nunca correu, ou quem está apenas começando, a participar de uma prova. Fizemos um octeto para correr 5.25km cada um.

Uma semana antes da corrida ocorreu um fato inesperado. Recebemos um e-mail informando que as camisetas não ficariam prontas a tempo e portanto não seriam entregues junto com o kit. Pediram desculpas pelo ocorrido e garantiram que as camisetas chegariam por correio após o evento. Eu particularmente não achei nada ruim, afinal não pretendia correr com a camiseta da corrida mesmo. Ouvi alguns comentários no dia da entrega do kit, mas não achei nada de comprometedor. Não me sinto capaz de julgar se a organização pisou na bola ou não. Pelo contrário, até parabenizo-os pela maneira profissional como conduziram esse problema.


Assim como ocorreu em 2013, desta vez eu novamente seria o último do grupo a correr, de modo a pegar o trecho com maior Sol. Entretanto, como eu havia me prontificado a resgatar os kits, tinha que ser também o primeiro a chegar no Autódromo. Eis que na véspera nosso corredor escolhido para abrir a prova machucou o pé e não poderia mais participar. Logo me candidatei a ficar no lugar dele, e a esposa de um dos demais colegas poderia correr no meu lugar a última volta.

Cheguei em cima da hora para a largada. Logo me posicionei e me emocionei com o áudio colocado pela organização nos instantes que antecederam o som da sirene: a antológica narração do próprio Ayrton Senna de dentro de seu McLaren em um dos treinos livres do GP Brasil. Simplesmente de arrepiar e de deixar ainda mais na pilha para iniciar a corrida.


Nessa primeira volta o tempo estava bastante nublado, e como ainda era bem cedo, fazia até frio. Algo inesperado para uma prova no final de Novembro. Achei ruim o percurso deste ano comparado ao de 2013. Mas como assim, não era o mesmo? Na verdade não, pois para completar a distância de 5.25km em um autódromo cuja volta é de 4.2km, era necessário inventar um "vai-e-volta" em algum trecho do circuito. Em 2013 o trecho escolhido havia sido a reta dos boxes. Em 2015 foi a reta oposta, que apesar de plana (ao contrário da reta dos boxes, um dos motivos pelos quais devem ter feito essa alteração) é também muito mais estreita. Dessa forma, na primeira volta, quando a multidão ainda está se dispersando, ficou tudo um pouco "amontoado".

De todo modo, concluí sem problemas minha participação com 28m44s. Não era meu melhor tempo para essa distância, mas tampouco era esse meu objetivo. Fiquei feliz com o tempo, e logo após passar a pulseira para o segundo corredor da equipe fui encontrar os demais.

Vale ressaltar que muita coisa havia mudado com relação à corrida anterior. Em 2013 pudemos ficar nos boxes (onde eram feitas as trocas), com direito a algumas salas com exposições de objetos pessoais do Senna e do Instituto. Desta vez os boxes permaneceram fechados o tempo todo. As trocas foram feitas na própria reta dos boxes, o que na minha opinião deixou tudo um pouco mais muvucado. Além disso, toda a parte de stands de patrocinadores, equipes de corrida, etc... teve que ficar do lado de fora do autódromo. A única vantagem que observei (e mesmo assim nem foi lá grande coisa) é que a arquibancada permaneceu aberta. Assim era possível acompanhar seus colegas correndo mais de perto, além de ter uma bela vista do circuito.


No meio do caminho descubro que a esposa de nosso colega não estava com muita vontade de correr mesmo (além de que estavam cuidando das crianças) de modo que me candidatei a dar outra volta no circuito. Assim, voltei para a pista para a última volta e fechar o revezamento. Claro que no fim do dia o desempenho não foi o mesmo: além de já estar um pouco desgastado da primeira volta, agora estava mais quente e com mais Sol. A vantagem é que, por ser a última volta, não tinha mais muvuca, já ocorria um belo espalhamento de pessoas pelo circuito (sem falar naqueles que já estavam concluindo). Completei a última volta em 30m27s. Somando os dois tempos consegui completar 10km abaixo de 1 hora em um circuito com muitas subidas, então dei-me muito por satisfeito com o resultado.

Para finalizar a foto da medalha desta edição da corrida. A última de 2015.