terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Map My Run - Novembro 2013

Novembro foi um mês bem bacana. Consegui nadar bastante na primeira metade do mês, quando não choveu muito nem fez frio. Andei um pouco de bike também, tendo inclusive feito um treino de transição no feriado do dia 15. Foram 500m de natação e 5.2k de bike logo na sequência. Ok, distâncias muito curtas, mas o importante foi ter conseguido fazer uma boa transição.

Os treinos de corrida das quintas-feiras foram todos de tiros. Coloquei a distância aproximada corrida, considerando que foram tiros de 400m alternados com caminhadas de 200m, e incluindo também na conta 1km de aquecimento e 1km de "cool down". E o mais legal dos treinos é que eles foram focados e na companhia de amigos que iam participar comigo do último desafio do ano, a maratona de revezamento Ayrton Senna Racing Day.

Justamente pela distância de cada um ser de 5.25km nessa corrida, foquei os treinos de corrida nessa distância mais para o final do mês. Acabei com isso abrindo um pouco mão também dos treinos de bike e natação, mas devo retomá-los logo agora em dezembro.

Ao todo foram 62,29 km de corrida, 29,36km de bike e 2,6km de natação. Nada mal para quem ainda está começando.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Map My Run - Outubro 2013


Em Outubro intensifiquei os treinos de Natação visto que começou a fazer calor. Também fiz treinos de Bike até descobrir que precisava arrumar algumas coisas na minha bike, o que levou a uma interrupção nestes treinos. Desta forma, fazendo 3 esportes diferentes, fica difícil entender o contador de quilometragem do Map My Run. Foram 102.04 km no total, divididos em 2.4 km de Natação, 36.29 km de Bike e 63.05 km de Corrida. Sim, apesar de ter mais treinos de Bike e Natação, a Corrida continua sendo meu esporte primário. E não pretendo que seja diferente.

A propósito, no dia 26 resolvi novamente fazer um treino de biathlon. Desta vez cadastrei as atividades separadamente no Map My Run de forma a deixar mais claro quanto foi feito em cada esporte. Além disso, decidi fazer só 5km de Corrida para não forçar muito e comprometer a semana seguinte. No fim das contas acabei nem treinando direito na sequência, mas devido a outros motivos. Fato é que me senti muito bem com o treino combinado.

Ainda estou vendo quando é que vou começar a encaixar treinos de Bike no meio dessa história para finalmente simular um triathlon. Quem sabe no post do mês que vem.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Map My Run - Setembro 2013


Em Setembro eu me aventurei pela primeira vez a fazer um treino de biathlon. Foi no dia 13, nesse aí que o Map My Run marcou em verde com o nome "Generic". Em um mesmo treino cadastrei dois eventos: corrida e natação. Ou melhor, natação e corrida, pois primeiro eu nadei 600m para depois calçar o tênis e correr 8.5km. A bem da verdade eu planejava correr 10km, mas cansei no meio do caminho e parei. Aliás, acho que esse treino do biathlon me deixou bastante cansado, pois na semana seguinte não tive fôlego para treinar quase nada.

Seja como for, no fim do mês ainda realizei um treino de 13km, o mais longo desde que corri a maratona. Ainda é pouco, mas como não tenho nenhuma prova grande em vista, acho que está bom.

E minha última corrida este ano será a Ayrton Senna Racing Day, no dia 01 de dezembro, no Autódromo de Interlagos. Será uma maratona de revezamento, na qual fecharei o percurso do meu octeto, percorrendo 5,25km. Preciso de treinos de velocidade agora.

Mas não descarto entrar em alguma corrida antes disso.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Map My Run - Julho e Agosto 2013



Em Julho finalmente realizei meu sonho e completei minha primeira maratona, conforme já relatei no post anterior. O problema é que o esforço foi tanto que fiquei exausto durante umas duas semanas, nas quais só consegui fazer treinos curtos. Além do mais, aproveitei os finais de semana para descansar um pouco. Mas logo já voltei a realizar 3 treinos por semana.

Em Agosto comecei a cadastrar no Map My Run também meus treinos de bicicleta e até mesmo de natação, embora esses sejam bem menos frequentes. Estou seriamente considerando a possibilidade de participar de um triathlon no ano que vem. Mas pra isso ainda é necessário muito treino. Corri menos de 80km nesses dois meses, embora tenha pedalado 50km.

A ideia nos próximos meses é continuar mantendo a corrida como esporte primário, mas procurar diversificar um pouco mais os treinos. Também pretendo participar de alguma prova de 10k ainda este ano, embora não tenha definido qual.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

42km é o tamanho do meu sonho: Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro


Já comentei por aqui que comecei a correr movido pela vontade de participar de provas como os 10km da Tribuna e a Corrida de São Silvestre (15km). Provas muito mais curtas do que uma maratona (42km). E quando me perguntavam se eu estava treinando para uma maratona, sempre respondia dizendo que era algo que estava além do meu alcance, que apenas em um sonho isso seria possível. Mas o tempo foi passando, fui correndo mais, participando de provas mais longas, de meia-maratonas, até que resolvi encarar o desafio. Veio então a apendicite e adiou meus planos em um ano. Mas tudo bem. Não esmoreci, voltei aos treinos, às corridas, e logo comecei um treinamento focado na maratona. No começo realmente parecia um sonho impossível. Mas aos poucos fui aumentando as distância, até que cheguei a correr 40km em 4h30min antes da prova, dia no qual estava certo de que conseguiria terminar. A única preocupação seria a dor de garganta que tive duas semanas antes. Mas novamente tudo bem, também tive amigdalite antes da minha primeira prova de 10km e deu tudo certo.

A prova escolhida para a estreia foi a Maratona de São Paulo, por ser a mais próxima de mim. No entanto uma inesperada mudança de data de abril para outubro acabou me fazendo desistir desta corrida. Optei então pela Maratona do Rio, a mais antiga do Brasil, disputada em meio a um feriado prolongado (para os paulistas). Aliás, não duvido que seja uma das maratonas mais bonitas do mundo, dado o percurso que atravessa as praias das Zonas Oeste e Sul da cidade do Rio de Janeiro.


Cheguei sábado, véspera da corrida, e já fui logo retirar o kit debaixo de um sol de rachar na hora do almoço. Estava realmente muito quente e eu já começava a me preocupar para a corrida. Afinal, eu havia treinado apenas em dias frios (cerca de 15°C a 20°C) enquanto a previsão para o dia seguinte era de 28°C. Após 1 hora de fila consegui meu kit. Achei muito bom. Além da camiseta oficial da prova (regata laranja), vinham também no kit: uma mochila, um boné, uma viseira, uma garrafa "squeeze", além de outros brindes dos patrocinadores. Outra coisa que gostei foi o logo da prova: um atleta cruzando a linha de chegada com os braços abertos fazendo uma alusão ao Cristo Redentor e a fita da linha de chegada rasgando e assumindo o formato do Pão-de-Açúcar. Simplesmente genial.

No dia seguinte acordei cedo para pegar o ônibus e tive todo o cuidado com a preparação. Não esqueci nada, desde o tênis com o chip da corrida, passando pela camisa predileta com o número do peito, chegando aos cardoidratos em gel (um total de 4 para esta corrida), o boné, o lanche do café-da-manhã e a passagem do ônibus. Durante a fila para pegar o ônibus pude perceber a desorganização carioca. Uma vez dentro do ônibus comi meu café-da-manhã enquanto sentia cheiro de protetor solar... CÉUS! Esqueci o protetor solar! Vou torrar no Sol do Rio! Foram esses os pensamentos que me ocorreram durante a viagem, que ao contrário do que eu pensava não seguiu o percurso da corrida, mas pegou as vias expressas Linha Vermelha e Linha Amarela. Chegando ao local da largada consegui pegar protetor solar emprestado com um casal que se preparava para a prova, a quem agradeço muito.

Local da largada da Maratona
Veio então a tão ansiosa largada pontualmente às 7h30min da manhã na Praça do Pontal Tim Maia na praia do Recreio. Uma praia muito bonita, mas muito longe de qualquer lugar. Aliás, a urbanização do local lembrava mais um balneário turístico com seus prédios baixos e ruas estreitas do que uma cidade grande como o Rio de Janeiro. O termômetro na praça marcava 22°C no instante da largada. A ansiedade era grande e ao cruzar o pórtico de largada fiquei preocupado pois sabia que o calor seria intenso e a prova seria muito mais difícil que meus treinos mais longos. Pela primeira vez tive a sensação de que poderia não terminar uma corrida. Uma vez soada a sirene, os cerca de 6 mil atletas inscritos para a prova começaram. Sei que um de meus maiores defeitos é querer sair muito forte na largada, e com isso me desgasto muito fazendo ultrapassagens devido ao volume de gente. Ciente de que esta prova seria de tiro longo (e põe longo nisso) mantive a calma e a serenidade de me manter atrás de outros corredores e esperar a dispersão naturalmente.

Os primeiros 3 quilômetros foram disputados em ruas internas do bairro do Recreio. Chegamos a cruzar com os líderes que já voltavam por uma rua pela qual ainda estávamos indo e pude ver dois brasileiros liderando. Era um pouco abafado por essas ruas, mesmo sendo tão cedo. Felizmente, quando chegamos novamente à praia fomos refrescados pela brisa marítima que nos acompanhou a partir de então. Logo o grupo foi dispersando. Peguei água já no primeiro posto no km3 mesmo sem estar com sede, apenas para refrescar. No km5 a primeira surpresa: não tinha posto de distribuição de Gatorade (eles estariam presentes em todos os quilômetros múltiplos de 5). Consumi meu primeiro gel no posto de água do km8 e passei a barreira do km10 com 1h01min de corrida. Ainda não fazia calor, mas sempre que aparecia uma sombra devido a árvores ou aos prédios eu aproveitava. Logo veio a praia da Barra, mais com cara de Rio e com seus prédios altos. Consumi Gatorade nos 3 postos presentes (km10, 15 e 20) e o segundo gel no posto de água do km17.

Um dos trechos mais bonitos da corrida
Eu estava me sentindo bem. Passamos pelo pórtico da largada da meia, que também marcava a metade da nossa corrida, com 2h14min de prova. Sabia que essa era a metade do tempo que eu estava prevendo (4h30min) e que como a segunda metade da prova seria mais desgastante eu não conseguiria esse tempo. Paciência, o objetivo era apenas terminar mesmo. Logo após esse ponto a corrida saiu da Barra da Tijuca e seguiu por um túnel com uma inclinação muito forte. Iluminação praticamente nula, dava apenas para ver a luz no fim dele. Fazia muito barulho, acho que dos carros que passavam do outro lado e dos próprios corredores que resolveram gritar nessa hora. Senti falta de ar e tontura. Diminuí o ritmo e acabei caminhando pela primeira vez. Era o km23. Comecei a me preocupar pois ainda faltava muita corrida pela frente. Mas logo a parte inclinada terminou, no mesmo instante em que uma abertura se fez na lateral do túnel permitindo que se avistassem o céu e o mar azul. Lembrei do recado de um amigo maratonista dizendo que eu estava muito bem treinado e deveria aproveitar a vista desta prova porque era espetacular. E de fato, esse momento inspirador me fez recuperar o bom ritmo.

Ritmo bom que mantive na praia de São Conrado. Consumi mais um gel no km25 e peguei mais Gatorade. Eu realmente não conhecia aquela praia, mas gostei bastante dela. O Sol já se fazia forte e logo cheguei ao fim desta praia, onde começava um dos trechos mais difíceis da prova: a Avenida Niemeyer. Trata-se de uma pequena estrada ligando as praias de São Conrado e Leblon. O caminho seguia do lado da pedra, o que nos garantia uma deliciosa sombra. Mas era uma subida. Não muito íngreme, porém interminável. Não dava pra entender como era possível subir tanto. Pouco após passar pelo km28 um amigo meu me ultrapassou e perguntou se eu estava bem. Aquela subida realmente estava me cansando e meu ritmo estava mais fraco, mas eu seguia correndo. Logo na descida, ao final desta Avenida, passei por um corredor desmaiado que era acudido por outras pessoas. Agradeci por não estar no lugar dele e logo terminei a descida e cheguei ao Leblon.

Eis aqui o ponto-chave da minha corrida. Dizem que o ponto mais difícil da maratona é entre o km32 e o km36; pois é quando nosso corpo já consumiu todo o carboidrato que consegue armazenar e passa a consumir proteínas. E é nessa hora que começam a aparecer as dores. Durante meus treinos longos eu percebia que começava a "pifar" nessa faixa e sabia que é nesse momento que o psicológico fala mais alto que o físico. Aliás, que fique bem claro: a maratona é um desafio muito mais psicológico do que físico. No entanto, mesmo ciente de tudo isso, "quebrei" no km31. Devido ao forte calor (os termômetros no Leblon marcavam 30°C) e à falta de Gatorade (não vi posto de distribuição no km30) eu comecei a caminhar pois sentia dor. Muita dor. Meus órgãos internos estavam doendo. Achei que se continuasse poderia acabar desmaiando que nem o atleta que vi na subida da Niemeyer. Levei a mão ao tronco para tocar os lugares onde sentia dor. Fiz até sinal para um fotógrafo de corridas para que não registrasse aquele meu momento de sofrimento. Era ainda o km31, ou seja, faltavam 11 para terminar. Mas 11km é muito chão, não vou conseguir chegar me arrastando desse jeito. Pensei seriamente em desistir. Pegar um táxi ali na praia e voltar direto para o hotel seria muito fácil. Não, eu não treinei o ano inteiro para chegar até aqui e desistir. Como disse certa vez o Lance Armstrong: "a dor é temporária, desistir é para sempre". Em meio a estes pensamentos, ouvi vozes do público gritando incentivos como "Vai lá! Não desiste! Continua!". Olhei ao redor e não vi mais ninguém caminhando com dor que nem eu. Percebi então que aqueles incentivos eram para mim. E vindos de pessoas que eu nunca havia visto na vida. Porque eles estavam lá me incentivando, torcendo por mim? Nessa hora lembrei de minha família, minha namorada e meus amigos que com certeza também estavam torcendo por mim aonde quer que estivessem. Eu simplesmente não podia dizer para eles que havia desistido da corrida. Nesse momento avistei a placa do km32 junto com um posto de água. Respirei fundo e falei em voz alta: "Vamos lá!" E continuei a correr. Pude até ouvir gente comemorando.

O trecho mais difícil da Maratona


Claro que meu ritmo a partir de então foi muito fraco. Eu estava fazendo em torno de 8min/km. Percebi que o grande problema era a desidratação. Quando avistava um posto de água eu me recuperava na hora, mas logo que sentia sede começava a quebrar e tinha que caminhar um pouco. Se o Galvão Bueno estivesse narrando minha epopeia, com certeza nessa hora ele diria: "A corrida se torna DRA-MÁ-TI-CA!" Cada quilômetro que eu superava era uma comemoração. Na quadra que liga Ipanema a Copacabana um corredor que também já estava exausto falou comigo. Também era sua primeira maratona, e ele também reclamava das dores. Mas seguia firme. Não continuei acompanhando-o pois ele estava em um ritmo mais forte que o meu. Ao passar pelo km37, já em Copacabana, eu completava as 4h30min que havia me proposto a fazer. E ainda faltava muito chão. Liguei para minha namorada para avisar que ainda ia demorar. E continuei em frente. Passei pelo km38: Falta menos do que os treinos mais curtos que costumo fazer durante a semana. Falta pouco agora! Cruzei o km39 no instante que fiz uma curva saindo de Copacabana e indo em direção ao fim da prova.

Ao final da avenida veio um túnel. Um pouco de sombra para dar uma trégua no fim da prova. Mesmo estando bem, caminhei no túnel para aproveitar a sombra, e deixar para correr apenas no Sol. Logo na saída do túnel voltei e correr. Pouco depois disso um grupo de 4 corredores voltando da linha de chegada, todos com medalha no peito, pararam e começaram a me aplaudir. Devia ser visível o meu esforço para continuar. Veio então o km40 e com ele o último posto de água, já na praia de Botafogo. Aproveitei a água gelada e molhei meus braços, minha cabeça, tudo o que pudesse refrescar o corpo e diminuir a desidratação. E apenas água estava disponível, o Gatorade já havia acabado. Uma pena. Meu último isotônico foi no km25, depois disso mais nada. Saí do posto de água com um copo na mão, e falei para mim mesmo que só iria abri-lo depois de um quilômetro inteiro. Dali era possível ver o contorno da praia, e eu sabia que já era quase o fim.

Abri minha água ao cruzar o km41. Era o último quilômetro, mas ainda não era possível ver a linha de chegada devido à grande curva que liga o Botafogo ao Aterro do Flamengo. Os fiscais da prova que por ali estavam avisavam que quando terminasse a curva já seria possível ver a linha de chegada. E quem disse que a curva terminava? Faltava menos de um quilômetro, mas aquela curva parecia ter uns 5. Foi então que ela terminou e avistei a placa com o km42. E logo à frente, mais precisamente 195 metros à frente, o pórtico com a chegada. Pouco após passar pela placa, quando já devia estar a uns 150 metros da chegada, ouvi meu nome. Olhei para o lado e vi minha namorada com um casal de amigos que moram no Rio e que foram ver minha chegada. Vibrei para eles e arranjei mais algumas energias para acelerar e finalmente cruzar a linha de chegada.

Cara de felicidade


Foram 5 horas, 16 minutos e 52 segundos no total. Um tempo muito acima do esperado. Quase 3 horas a mais do que o brasileiro Giomar Pereira dos Santos, vencedor da prova com 2 horas e 18 minutos. Mas não importa. O que importa é que nesse dia passei a fazer parte do seleto grupo de pessoas que já correram uma maratona (0,5% da população mundial de acordo com uma estatística que ouvi, o que ainda assim acho muito). Nesse dia experimentei o "néctar das corridas", como diria um amigo meu. Nesse dia alcancei o objetivo máximo que um corredor amador pode almejar. Nesse dia compreendi que só quem já passou por uma maratona sabe de verdade o que isso significa. Pois nesse dia me tornei maratonista. Mas não conseguia pensar em nada disso no instante que cruzei a linha de chegada. Só conseguia pensar "Acabou". Eu não era capaz de acreditar que havia terminado depois de todo o sofrimento que experimentei nos últimos 11km da prova. Foi então que comecei a chorar. Sim, chorar. De felicidade. Quando a moça da organização da prova foi colocar a medalha no meu peito eu perguntei chorando pra ela: "Essa aqui é a medalha da maratona, não é mesmo? Não é da meia, é a da maratona né?" Ao que ela respondeu que sim. Olhei para a medalha para ter certeza. E continuava não acreditando que aquilo estava acontecendo, mesmo após ler aquelas 8 letrinhas estampadas no alto da medalha.

Fica aí portanto a foto da medalha da maratona. Não é a mais bonita da minha coleção, mas sem sombras de dúvidas foi a mais difícil de ser conquistada. O que faz com que ela tenha um gostinho muito especial. Pode ter certeza que vou guardá-la com o mesmo carinho com o qual espero lembrar-me dessa corrida por muitos e muitos anos. Obrigado a todos que me incentivaram, ajudaram e torceram por mim nesse dia (inclusive aos desconhecidos do Leblon). Essa medalha não teria sido possível sem vocês.



quarta-feira, 3 de julho de 2013

Map My Run - Junho 2013

E assim foi o mês de Junho, o último da minha preparação para o grande objetivo do ano: minha primeira maratona. O mês começou com uma breve recuperação de um treino longo realizado no final de Maio, para a seguir retomar o ritmo e culminar no treino do dia 15, no qual ultrapassei a marca dos 40km. Apesar do cansaço ao final do treino, ficou a sensação de que é sim possível completar uma maratona.

A dúvida reside agora sobre o que me aconteceu no final do mês. Pretendia fazer um treino de 20km no dia 22 e outro de 10km no dia 29; bem como treinos curtos no meio da última semana. Infelizemente foi acometido por um resfriado, com direito a dor de garganta, que me afastou dos treinos. Apenas ontem, já no mês de Julho, realizei um treino curto. O último antes da maratona, diga-se de passagem.

Com isso terminei o mês com "apenas" 84 km corridos. Mais do que minha média de treinos do ano passado, mas inferior à minha meta de 130 km para este mês.

Em todo caso, a maratona já está aí e pretendo voltar em breve para contar mais a história da mais uma suada medalha.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Map My Run - Maio 2013


No mês de Maio continuei os treinamentos visando à Maratona do Rio. Fiz alguns treinos curtos de meio de semana, nos quais realizei tiros e subidas. E dois mega longões de mais de 36km que duraram cerca de 4 horas cada um, para me acostumar com a distância.

Destaco também a Indy Run, realizada no dia 4 de maio, sobre a qual já escrevi. Fica um pouco claro que eu estava muito cansado nessa corrida e não consegui fazer um bom tempo. Não tive uma janela de recuperação muito grande entre um longão e essa corrida. Também tive que fazer uns treinos curtos na sequência devido à recuperação.

Para Junho devo realizar mais um longão na faixa dos 35-40km e finalizar a preparação para a Maratona. O grande dia está chegando.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O final de semana da velocidade: Indy Run 2013

A Fórmula Indy é considerada por muita gente como a versão norte-americana da Fórmula 1. Enquanto a categoria de automobilismo mais famosa dentre os brasileiros nasceu na Europa e se espalhou pelo mundo inteiro, a Indy possui hoje corridas apenas nos Estados Unidos e no Canadá. E no Brasil! Desde que Emerson Fittipaldi decidiu se aventurar na Indy no final da década de 1980 o interesse pela categoria cresceu muito por aqui. Ainda mais na década seguinte quando uma legião de brasileiros invadiu as pistas da Indy. Gil de Ferran, Cristiano da Matta e Tony Kanaan já foram inclusive campeões. E Hélio Castroneves já venceu por 3 vezes as 500 milhas de Indianápolis, prova mais famosa da categoria. Dado o interesse do público brasileiro, decidiu-se organizar um GP Brasil de Fórmula Indy. Chegou a ser disputado no Rio de Janeiro no final dos anos 1990; e desde 2010 passou a ser sediado em uma pista de rua na Zona Norte de São Paulo, englobando o Sambódromo e a Marginal Tietê dentre outras vias com o nome de São Paulo Indy 300.

Mas calma aí, este blog não é sobre corridas de rua? O que a Fórmula Indy tem a ver com isso? A questão é que lá nos Estados Unidos é muito comum ver provas disputadas em circuitos de rua, como o caso dessa corrida em São Paulo. E lá também é comum que aproveitem a pista de rua para que, entre os treinos de sábado e a corrida de domingo, seja disputada uma corrida de rua no sábado à noite. Visto que as corridas de rua têm tido cada vez maior interesse no Brasil, os organizadores da prova decidiram trazer essa prática para cá. E com preços para lá de convidativos para aqueles que, assim como eu, decidiram unir o útil ao agradável e desfrutar dos dois eventos: Corrida de rua e Grande Prêmio.


A bem da verdade, apesar de ter ingresso para os treinos de sábado, acabei chegando ao autódromo apenas para a corrida de rua com largada prevista para as 19:00. Prevista, pois foi adiada em meia hora para que pudesse passar ao vivo no telejornal. Uma bola fora imensa dos organizadores: poderiam ter pensado nisso com alguma antecedência. Até porque já é a terceira vez que organizam essa corrida de rua aqui no Brasil. Realmente lamentável. Mas de qualquer modo, foi muito legal largar novamente no Sambódromo. Desta vez sem lasers nem fumaça como na última corrida noturna que participei. Muito pelo contrário: pendurado na grade logo antes do pórtico de largada e esbanjando simpatia ao cumprimentar os atletas que iniciavam a prova estava ninguém mais ninguém menos que Tony Kanaan, um dos brasileiros que atualmente corre na Indy. Claro que aproveitei a oportunidade para cumprimentá-lo também.

Pelo fato da corrida ser em um autódromo, que deve ser largo o suficiente para que alguns carros passem lado a lado, e também pelo fato de serem apenas 2200 corredores, a dispersão pós-largada foi das mais tranquilas que já vi. Logo saímos no Sambódromo e passamos pelo "S do Samba". Achei que nesse ponto muita gente iria desrespeitar as curvas, mas não foi o que aconteceu. Todo mundo respeitou as curvas. A seguir veio uma reta grande na Av. Olavo Fontoura. Ao final desta reta havia uma área de escape, e era possível ver as marcas de pneus no chão e sentir o cheio da borracha dos carros que chegaram a sair da pista por ali. Também foi interessante ver as mesmas marcas nas zebras, com muitos corredores tentando segui-las, subindo nas zebras e tudo mais. Uma verdadeira festa onde valia tudo.

Infelizmente logo após essa avenida a iluminação da pista era muito precária. A organização chegou a ligar os faróis de uma van para iluminar uma das pequenas retas ali do miolo. Tinha também um ponto de distribuição de água por ali. E logo em seguida iniciava-se a grande reta da Marginal Tietê, com mais de um quilômetro de extensão. Tão grande que nem era possível ver o final dela. Mal dava para ver o Sambódromo dali do começo da reta! Além de extensa, também muito larga: quatro faixas de trânsito para os atletas, que a essa altura já estavam muito dispersos. Muito legal também a experiência de correr na via local, enquanto os carros passavam pela via expressa, e poder ver ao longe algumas pontes conhecidas. Afinal de contas, essa deve ser a única corrida de rua que interdita a Marginal Tietê.

Cheguei ao Sambódromo para completar a primeira volta no momento em que anunciavam que os líderes se aproximavam para fechar a prova. Passei pelo tapete com algo em torno de 22 minutos. Mas os líderes ainda nem haviam terminado a Marginal nessa hora. Depois disso veio a segunda volta. Menos interessante que a primeira, como é normal em toda corrida com mais de uma volta no mesmo percurso. Até que comecei a me preocupar com o tempo. Mas visto que no meio daquela semana eu havia realizado um treino muito longo de preparação para a maratona, percebi que o corpo começou a cobrar seu preço. Sentia vontade de acelerar, mas o corpo simplesmente não respondia da mesma forma. E com uma pista larga daquelas não teria absolutamente nenhum problema em desviar de ninguém. O maior limitante era de fato eu mesmo. Completei a prova extenuado com 43 minutos e 14 segundos. Feliz por ter dado o máximo que eu podia, mas triste por saber que poderia ter sido melhor se não fosse o cansaço.



Mas tudo bem, o importante foi ter participado de mais uma corrida. E como ninguém é de ferro, domingo retornei ao autódromo para acompanhar a São Paulo Indy 300. Diferentemente da Fórmula 1 o som dos carros não chega a incomodar tanto os ouvidos, talvez por terem um som menos agudo. Muito legal ver a largada lançada e emocionante vibrar com as ultrapassagens. Principalmente pelo fato de o brasileiro Tony Kanaan ter liderado boa parte da prova. Infelizmente ele teve um problema com o cálculo do combustível e ficou de fora da briga pela corrida devido a uma pane seca. O público também vibrou quando Will Power, que havia vencido em São Paulo nas 3 edições já realizadas, abandonou. E a chegada foi simplesmente espetacular, com o canadense James Hinchcliffe ultrapassando o japonês Takuma Sato na última curva da corrida! Realmente emocionante.

Agora é hora de voltar aos treinos e focar no grande objetivo do ano: a maratona do Rio de Janeiro. Segue a foto da medalha!



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Map My Run - Abril 2013


No mês de abril acabei correndo praticamente a mesma distância do mês de Março. Não fiz nenhum treino de mais de 30km: meus longões ficaram na faixa dos 25km. Mas mesmo assim eu gostei do desempenho, principalmente porque consegui impor um bom ritmo (média levemente superior a 10km/h) nestes dois treinos. Isso sem falar que não fiquei completamente exaurido após estes treinos. Sinal de que meu corpo já se acostumou com essa distância.

Deixei o treino superior a 30km para o feriado do primeiro de maio. Mas justamente por isso vou deixar para comentar deste treino no próximo post. Ou melhor, daqui a dois posts, pois neste final de semana agora vou participar da Indy Run e pretendo escrever sobre essa prova antes do fim do mês.

Faltam 2 meses para a Maratona do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Map My Run - Março 2013


Em Março corri 128km, abaixo da marca de Fevereiro mesmo tendo feito um treino a mais. O motivo foi o número menor de treinos longos, apenas 2, contra 3 do mês anterior. Mas mesmo assim, mantive uma boa regularidade de treinos e fiquei muito feliz com o resultado obtido. Até porque em um dos finais de semana participei da Night Run, sobre a qual já escrevi no post anterior, que era uma prova de "apenas" 10k.

No entanto realizei meu treino mais longo até aqui no dia 19 deste mês, quando superei pela primeira vez a marca dos 30km. O treino foi de pouco mais de 32km, e serviu para me animar para encarar a maratona. Tanto que na mesma semana fiz minha inscrição para a Maratona do Rio de Janeiro, dia 07 de Julho.

Também agora em Março fui informado sobre a corrida de rua da Fórmula Indy. No final de semana do Grande Prêmio realizado em um circuito de rua na Zona Norte de São Paulo é organizada também uma corrida de rua no sábado à noite, logo após os treinos classificatórios. Não sou lá muito fã da Indy, mas resolvi unir o útil ao agradável e me inscrevi também para esta prova, a ser realizada no dia 04 de Maio.

A meta para o mês de Abril é realizar pelo menos 2 treinos longos na faixa dos 32km para me acostumar melhor com essa distância.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Começa a temporada 2013: Night Run SP

Conforme eu já vinha registrando nos posts anteriores, comecei o ano decidido a finalmente realizar o sonho de completar a maratona. Como a de São Paulo estava prevista para 28 de Abril, decidi não correr nenhuma prova nesse meio tempo para não interferir na minha preparação. Mas justamente quando fui me inscrever descobri que haviam mudado a data da corrida. Fiquei muito chateado e com uma vontade enorme de participar de qualquer corrida que aparecesse na minha frente, só para matar a vontade que ficou de participar de uma prova. Opções não faltavam neste fim de mês: poderia correr novamente a General Salgado em Taubaté, no dia 24 de Março. Mas como já participei dessa prova, descartei-a. Ouvi falar muito bem do Circuito Track & Field, com uma prova prevista para o mesmo dia na região do Shopping Villa-Lobos em São Paulo. Mas existem outros percursos da Track & Field em São Paulo durante o ano, e só ali no Villa-Lobos serão realizadas mais duas corridas ainda este ano. Por isso resolvi deixar para uma próxima oportunidade. No final das contas decidi participar de uma prova noturna, a Night Run SP 2013, realizada no mesmo final de semana na Zona Norte de São Paulo. O curioso é que decidi participar por indicação de um amigo que pretendia correr, mas que desistiu.

A prova foi organizada pela O2, uma revista de corridas famosa. Confesso que nunca li um exemplar, mas já ouvi falar muito bem. A inscrição era bastante salgada, mas mesmo assim resolvi participar por ser organizada por uma instituição conceituada. E também por se tratar de uma prova noturna, coisa que não estou muito acostumado a fazer (só havia corrido a Oscar Running Night até então). O kit também valia a pena: uma camisa de manga comprida (ótima para treinos no inverno que se aproxima), uma garrafa de 600mL (indispensável em treinos de longas distâncias) e uma lanterna para uso durante a corrida. Essa lanterna vinha presa em um elástico para ser preso no braço ou na testa. Funciona com 3 pilhas AAA e possui 5 lampadinhas, que funcionam nos modos "piscando alternadamente", "piscando todas juntas" e "todas ligadas". Achei a ideia interessante e pensei em usar durante a corrida. Não ia ajudar em nada, mas só pra fazer parte da brincadeira.

Achei curioso que o kit foi entregue na loja da Decathlon que fica no Morumbi, enquanto que a corrida realizou-se na região do Anhembi. Detalhe que existe uma Decathlon não muito longe do Anhembi, ao lado do Shopping Center Norte. Seja como for, realizei uma longa viagem de manhã para pegar o kit, e outra à noite para a corrida. Temendo o trânsito de sábado à noite ocasionado principalmente pelo fechamento das vias de acesso à prova, achei que seria melhor ir de metro, exatamente como indicado no site do evento. Desci na estação Tietê, aonde já me deparei com gente do "staff" da prova indicando a saída da estação que deveríamos pegar. No percurso de cerca de 2km entre o metro e a largada pude ver gente com sinalizadores luminosos indicando o caminho para a largada. Até que cheguei no local onde se desdobrava a corrida.

Na verdade eram duas provas no mesmo dia, de 5km e 10km. Mas ao contrário do que acontece normalmente nesses eventos, as duas corridas foram realizadas de forma independente. Às 19h30 aconteceu a largada dos 5km, enquanto os 10km começaram apenas às 20h30. Achei a ideia muito boa a princípio, pois geralmente o que acontece é que fica todo mundo misturado na largada, e só quando os grupos das duas provas se separam é que fica melhor de correr. Aliás, dado o número de pessoas inscritas para esse evento (cerca de 6 mil participantes em cada modalidade), essa divisão foi simplesmente indispensável. Teria sido impraticável realizar a corrida com 12 mil pessoas dividindo aquela pista. O problema foi que a região de concentração para a prova de 10km e a de dispersão dos 5km era exatamente a mesma. Então quando cheguei deparei-me com cerca de 12 mil pessoas transitando na área como um verdadeiro formigueiro, indo desordenadamente de um lado para o outro. E absolutamente ninguém do staff para orientar nada! Eu estava apertado e só achei os banheiros químicos pois contei com a boa vontade de outro corredor para me informar.



Desta feita, consegui me posicionar para a largada faltando pouco mais de 1 minuto para soar a sirene. De tão em cima da hora nem lembrei em pegar minha lanterna, e por isso corri sem ela. Ok, não fez a menor diferença. Mas foi tão pouco tempo que mal deu pra apreciar o belo local da largada, exibido na foto acima. Isso mesmo, o Sambódromo! Eu nunca tinha ido lá, e confesso que fiquei um pouco decepcionado pois achei que fosse um pouco maior. Creio eu que cerca de 300m após a largada já havíamos feito a curva e saído dele. E pra falar a verdade, o Sambódromo foi a única coisa que realmente marcou essa prova, pois o resto do percurso era dentro do estacionamento do Anhembi (!?!) ou na Avenida Olavo Fontoura. Uma vez que essa avenida é a sede do Aeroporto do Campo de Marte e do Aeroclube de São Paulo, até se torna interessante por ser possível ver alguns aviões por ali. Mas como era de noite e os aviões não recebem iluminação noturna, não foi possível ver nada disso durante a prova.


Outra coisa que não curti na prova como um todo, mas principalmente na largada, foi o tom de "balada" que foi dado ao evento. Até entendo que fazendo isso a organização tente tornar a prova mais popular e próxima ao ambiente de academias, tornando-se um evento de socialização pela prática do esporte e tudo o mais, mas daí para soltar fumaça e fazer um show com lasers e luzes estroboscópicas na largada já acho que foi um pouco de exagero. Sei que posso estar sendo chato e pedante nesse ponto, mas não deixa de ser a minha opinião.

A largada em si não achei tão tumultuada assim. Pelo menos dentro do Sambódromo não vi nada fora do normal. Mas não houve separação por ritmo de corrida como acontecem em provas com muitos participantes, de modo que levei cerca de 3km até finalmente encontrar meu espaço e me sentir confortável na prova. Vi gente que realmente se estressou com alguns grupos de corredores formando um "paredão" e decidiu correr por fora da pista demarcada. O pobre coitado só não percebeu que tinha um tapete para medição de tempo (checkpoint), e fatalmente acabou não tendo seu tempo registrado na corrida. Seja como for, acho que o excesso de gente não prejudicou meu desempenho. Consegui manter um ritmo bom durante quase toda a prova. Cruzei o km 3 com 16m30s, média de 11km/h. Depois disso consegui melhorar um pouco o ritmo, mas lá pelo km 6 senti o cansaço bater. Mesmo assim, a noite era agradável e convidativa para uma boa corrida, de modo que consegui me recuperar e finalizei minha participação com o tempo de 53 minutos e 13 segundos, conforme ilustrado no certificado oficial da prova abaixo.



Longe de ser meu melhor tempo em 10km, mas pelo menos foi meu melhor desempenho nessa distância após a apendicite do ano passado. Considerando ainda que estou focando meus treinos em resistência para a maratona e não em velocidade para provas curtas, fiquei mais do que satisfeito com o resultado obtido.

Deixo a foto da medalha abaixo, a primeira do ano. Provavelmente é a primeira também da maioria das pessoas que correram essa prova nesse final de semana. E que mais pro meio do ano eu volte aqui para postar a foto e contar minha história na Maratona do Rio de Janeiro, para a qual já me inscrevi. Mas antes disso terei outro compromisso, também na região do Anhembi, no dia 4 de maio para a Indy Run.


domingo, 3 de março de 2013

Map My Run - Fevereiro 2013


Conforme antecipado no post anterior, em Fevereiro aumentei minha carga de treinos pensando na Maratona de São Paulo 2013. Na verdade continuei fazendo o mesmo número de treinos semanais, apenas aumentei a carga de "longões". Com isso completei 146km no mês, o que acredito ser meu recorde pessoal. O treino mais longo foi de 28.84km, que sem dúvida alguma é a maior distância que já percorri em um único treino, e que equivale a 2/3 de uma maratona.

E justamente na última semana do mês, quando pensei em me inscrever pra Maratona de São Paulo, fui surpreendido com a notícia de que ela foi transferida para o mês de Outubro!?! De posse dessa informação, a única certeza que tenho é que não preciso estar apto a correr 42km no final de Abril.

De resto, tenho apenas possibilidades, a saber: Maratona do Rio de Janeiro no dia 07 de Julho ou a Maratona de São Paulo no dia 06 de Outubro. Não sei ainda qual delas correr. E uma vez que tem bastante tempo até lá, talvez eu arranje algumas corridas menores no meio do caminho. Tudo está realmente muito indefinido.

O jeito é continuar treinando.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Map My Run - Janeiro 2013


O ano novo não começou muito bem. Devido a problemas pessoais não fiz bons treinos nas primeiras semanas. E nas duas últimas semanas do mês fiz apenas dois treinos. Mas tenho até um bom motivo. No dia 22 fiz um treino diferente: fui pedalar com um amigo e senti que é um esporte que pode ser tão ou mais cansativo que a corrida.

Somando-se a isso o fato de eu estar frequentemente nadando (coisa pouca, cerca de 500m apenas) posso considerar que em Janeiro fiz muita atividade física, ainda que tenha ficado abaixo dos 100km corridos no mês.

A maratona de São Paulo já está batendo na porta, e por isso mesmo realizei um treino de 23km no fim do mês. Em Fevereiro a carga vai aumentar!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo: São Silvestre 2012

Neste ano de 2012 resolvi participar novamente da Corrida de São Silvestre. Como já mencionei no meu post da corrida de 2008, desde pequeno que acompanho a transmissão da corrida pela televisão. E depois de minha participação, acho que passei a acompanhar com mais entusiasmo. Em 2009 vi a vitória do queniano James Kipsang, o mesmo que venceu no ano que corri, com um gostinho de saudade e de saber que exatamente um ano antes eu estava lá. Vibrei muito com a vitória do Marílson em 2010, embora nesse ano eu tenha ficado muito chateado ao saber que a organização derrapou e entregou a medalha aos corredores junto com o kit pré-prova devido à falta de espaço na Paulista (isso aconteceu devido à perda do enorme estacionamento que foi fechado para levantar um prédio no qual era feita a entrega das medalhas). Fiquei indignado que em 2011 alteraram a chegada para o Obelisco do Ibirapuera exatamente por essa questão de espaço. E fiquei muito feliz que em 2012 trouxeram a chegada novamente para a Av. Paulista, desta vez alterando também o horário da prova para o período da manhã de modo a permitir uma dispersão tranquila dos atletas sem interferir com a chegada das pessoas que querem participar do Reveillon na Paulista.

Com tudo isso e mais algumas alterações no percurso, achei que seria interessante voltar a competir na São Silvestre. Em 2008 completei a prova de 15km em 1h34min, minha pior média de velocidade em todas as provas que disputei. Vim para a edição de 2012 disposto a superar essa marca. E achei que não seria difícil, dados os tempos que vinha fazendo nos treinos. É claro que uma semana antes da prova fiz um treino com a mesma distância e completei em apenas 1h43min, mas uma vez que o calor de 38°C que experimentei naquela ocasião não deveria se repetir no dia da prova, achei que não teria muitos problemas.


No entanto as coisas não aconteceram da maneira como eu imaginei. Não sei ao certo onde foi que errei, mas o fato é que terminei a prova com um tempo ainda pior do que o que fizera há quatro anos atrás. Isso porque hoje já estou acostumado a distâncias maiores, sou mais experiente e sei dosar melhor as energias. Posso até apontar alguns pontos, como a noite de sono mal-dormida, a péssima posição de largada que obtive, o calor que se não era de 38°C pelo menos era mais forte do que há 4 anos atrás; ou pode ser que eu simplesmente não estivesse no meu melhor dia. 

Combinei de encontrar um colega na catraca do metro Trianon-Masp para corrermos juntos, mas infelizmente desencontramos. Fui sozinho me posicionar para a largada. Encontrei fantasiados como Charlie Chaplin, cangaceiros, carnavalescos, dentre outros. Fui trocar uma ideia com um cara que segurava uma placa da cidade de Cerquilho-SP, pois lembro-me de ter visto esta placa em outras provas como a da Tribuna e de Revezamento do Pão-de-Açúcar. Descobri que eles eram um grupo de corredores daquela cidade e que participam de várias provas durante o ano. Sempre levam a placa para aparecer na tv e nas fotos, e contam com um grupo de apoio que recolhe as placas após a largada. Ele mesmo já havia me alertado para não me preocupar com o tempo naquela prova, pois a São Silvestre não é uma corrida para você fazer tempo, e sim para curtir.

Tenho certeza que consegui uma posição de largada muito pior do que aquela de 4 anos atrás. É bem possível, pois se naquele ano eu me posicionei para a largada com pouco mais de 1 hora de antecedência, dessa vez procurei meu lugar faltando pouco mais de 20 minutos. Resultado: ao soar a sirene, levei 5 minutos para conseguir dar o primeiro passo e 15 minutos para passar pelo pórtico de largada (contra 7 minutos da minha outra participação). E não só isso: peguei "congestionamento" durante quase todo o percurso. Gastei muita energia fazendo ultrapassagens, o que até me incomodou um pouco pois simplesmente não conseguia achar espaço para correr. Mas essas coisas são assim mesmo: são 25 mil corredores, cada um com seu ritmo, seu preparo e sua estratégia de corrida. Claro que uma melhor posição de largada me permitiria encontrar melhor meu espaço, mas infelizmente não foi assim e não há muito o que fazer também. A única coisa que me irritou de fato foi ver pessoas caminhando durante todo o percurso desde o primeiro quilômetro, o que certamente atrapalha a vida de qualquer um. 



Com relação ao novo percurso, por um lado achei ruim, pois a descida da Consolação proporcionava um espetáculo inesquecível de ver aquele mar de gente correndo com camisetas das mais diversas cores (mas o mesmo pode ser observado na Brigadeiro Luiz Antonio, embora em menor intensidade). Também senti falta do Minhocão, trecho no qual as pessoas que moram nos prédios adjacentes lotavam as varandas e acenavam para os atletas, soltavam rojões e até jogavam água através das mangueiras de suas casas para refrescar os atletas. Um dos momentos mais bacanas da prova que infelizmente foi cortado.

Por outro lado, o novo percurso permitiu que outros trechos do centro de São Paulo fossem explorados. Ao invés da Consolação, seguimos pela Av. Dr. Arnaldo e descemos a Rua Major Natanael, que margeia o Cemitério do Araçá e desemboca na Praça Charles Müller, onde se encontra o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, vulgo Pacaembú. Nesse estádio encontra-se também o Museu do Futebol, que certamente vale uma visita para os mais fanáticos por futebol e também para os nem tanto. Depois seguimos pela Av. Pacaembú e contornamos o Memorial da América Latina em várias ruas estreitas. Em uma delas houve uma distribuição de água um tanto quanto caótica devido à enorme quantidade de pessoas querendo água e ao fato da passagem ser bem estreita. Depois seguimos por um viaduto, uma longa e desgastante subida na qual comecei a sentir também o calor do sol que já subia mais alto.

A partir deste momento eu já me encontrava muito cansado e queria mais que a corrida terminasse logo. Mas ainda assim pude apreciar um pouco do centro velho de São Paulo, começando pela Avenida Rio Branco. Na edição de 2008 seguíamos praticamente pela rua inteira, mas dessa vez dobramos na Praça Princesa Isabel na Av. Duque de Caxias. Nessa praça encontra-se uma estátua gigantesca em homenagem do Duque que ficou famoso na Guerra do Paraguai. Continuamos pelo Largo do Arouche e depois chegamos à "esquina da cidade", o cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São João, que ficou eternizada na música "Sampa" de Caetano Veloso. Essa esquina também estava presente no percurso antigo, embora fosse mais para o começo da prova. Seguimos então pelo Largo do Paissandú e passamos atrás do Teatro Municipal de São Paulo, que se encontra na Praça Ramos de Azevedo. Um prédio muito bonito que também vale uma visita. Chegamos então a um dos cartões-postais da cidade, o Viaduto do Chá, do qual se obtém uma bela vista do centro da cidade. Depois disso contornamos o Largo do São Francisco, sede da Faculdade de Direito da USP, e ganhamos a famosa, temida, amada e ao mesmo tempo odiada subida da Av. Brigadeiro Luiz Antônio.


Logo no começo da subida fiquei um pouco surpreso com a euforia que alguns corredores demonstraram ao iniciarmos esse trecho com gritos de guerra "Uh! Briga-dê-ro! Uh! Briga-dê-ro!". Surpreso e também contagiado. O cansaço era enorme e eu tinha medo de "quebrar" e começar a caminhar durante a subida. Mas felizmente me deixei levar pela animação dos demais corredores e também do público que compareceu em massa para dar seu incentivo. Resultado: não parei em nenhum momento! Posso ter levado cerca de 15 minutos para completar apenas 2km de subida, mas fiquei muito feliz de ter completado a prova correndo do primeiro ao último metro! Aliás, nos metros finais na Av. Paulista, fui capaz novamente de dar um sprint final e correr com todas as forças que ainda restavam, exatamente como há 4 anos atrás. Acho que o fato de sair de uma subida daquelas e voltar a correr no plano equivale a tirar um peso enorme das pernas. Você até se sente mais leve e é capaz de correr mais rápido.

Como mencionei, terminei em 1h36min. Se eu achava meu tempo de 2008 ruim, o de 2012 foi ainda pior. Mas no fim das contas, valeu a pena ter acordado cedo no último dia do ano? Valeu a pena ter que dividir espaço com tanta gente? Valeu a pena sofrer com o calor e as subidas? A resposta só poderia ser uma: COM CERTEZA! Correr é sem dúvida uma das melhores maneiras de você encerrar um ano!

Para 2013 fica mais uma vez o desafio de participar de uma maratona, promessa que fiz para os dois últimos anos e não fui capaz de cumprir. No final de abril tem a Maratona de São Paulo, para a qual já estou treinando. Será que agora vai? Só o tempo vai poder dizer.

Por enquanto deixo aqui a foto da medalha da São Silvestre, talvez uma das mais bonitas de minha coleção.