quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Em boa companhia: Mizuno Half Marathon

No dia da retirada do kit da Ayrton Senna Racing Day, um dos amigos do meu time perguntou quem toparia participar de uma corrida de revezamento indo de Bertioga a Maresias. Cada um do time de 3 teria que percorrer aproximadamente 25km. Decidi aceitar, e comecei o ano de 2014 dividindo minhas atenções entre esta corrida e o triathlon. Lá pelas tantas decidi deixar o triathlon de lado e focar na corrida, até mesmo pelo compromisso assumido com os amigos. Mas de repente, não mais que de repente, a nossa corrida foi cancelada. Felizmente existia uma Meia Maratona nova para participar exatamente 1 semana antes da data do revezamento. E isso resolveu também o problema da restrição do número de participantes. Logo, fomos os 4 cavaleiros do apocalipse participar de mais uma meia.

Pois bem, neste ano de 2014 a Mizuno lançou uma série de corridas de meia-maratona espalhadas pelo Brasil afora. Corridas cuja inscrição não é barata (R$120,00; o mesmo preço que paguei na São Silvestre de 2012 e mais caro que a Maratona do Rio de Janeiro de 2013), mas que em contrapartida querem focar em qualidade e trazem benefícios aos atletas: percursos considerados rápidos, vasta hidratação durante todo o percurso, pontos de distribuição de isotônico, além de esponjas e carboidrato em gel. Aliás, essa foi a primeira corrida que participei com distribuição destes dois últimos itens durante a prova. Pra ser bem sincero, por todos esses elementos já citados, acredito que essa série da Mizuno veio para concorrer com outra série de corridas de Meia-Maratona que participei em 2011 e que continua fazendo sucesso ainda hoje: a Golden Four Asics.

A semelhança com a corrida da Asics também podia ser percebida pelo percurso. Boa parte da prova disputada na Zona Oeste da cidade de São Paulo, ali no bairro do Butantã, e com chegada dentro do Jóquei Clube. Aliás, nessa corrida de agora tanto a retirada do kit quanto a largada se deram por ali. O percurso ia da avenida do Jóquei até o portão 1 da USP, mas sem entrar na Cidade Universitária. Depois atravessava a ponte Cidade Universitária e pegava a avenida na qual se encontra a entrada do Parque Villa-Lobos e seguia por ela por um bom trecho. Nesse ponto o percurso mostrava-se bastante desinteressante na verdade. Tudo isso porque tínhamos que correr ida e volta nos dois sentidos da avenida, de forma a percorrer o mesmo trecho por 4 vezes. E não era uma avenida muito larga, apenas 3 faixas de cada lado. Como cada lado era dividido ao meio por cones, ficou uma passagem bastante estreita para o número de atletas que estava participando. Ainda neste trecho ocorreram também as distribuições de esponjas e carbo-gel. As esponjas mostraram-se totalmente dispensáveis dado o clima frio e a chuva que começou a cair enquanto eu passava por aquele trecho. E o carbo-gel estava dentro de uma caixa, sem apoio adequado para entregar aos corredores e formando uma grande muvuca. Eu tinha até desistido de pegar, mas por sorte uma outra corredora pegou vários e saiu distribuindo para os que estavam em volta. É nessas horas que a gente vê como é gostoso praticar corrida de rua como esporte amador. Não há muita competição entre as pessoas que estão correndo. Pelo contrário: há muito mais colaboração para que todos consigam suas metas. Seja como for, depois dessa avenida veio a volta pela Ponte Cidade Universitária, o retorno à avenida do Jóquei (com um zigue-zague igualmente desanimador) e a entrada triunfal dentro do Jóquei Clube para encerrar a prova. Um percurso bastante plano, com desníveis apenas em um túnel e na Ponte Cidade Universitária. Por isso mesmo, um percurso considerado fácil.

O clima também ajudou: chuva no dia anterior e tempo nublado e frio no dia da prova. Dados todos esses ingredientes, e mais uma preparação que começou focada em fazer 25km; mas que na reta final mudou um pouco de foco para fazer outra meia abaixo de 2 horas, fizeram com que eu começasse imprimindo um ritmo muito forte nessa corrida. Talvez mais forte do que eu poderia suportar. A bem da verdade eu também tentei acompanhar alguns dos meus amigos, todos eles com meta de fazer abaixo de 2 horas. E de certa forma eu sabia que eles estavam em melhor preparo físico do que eu. Mesmo assim, achei que puxando um pouco o ritmo no começo faria bem. Tanto que passei pelo km7 com 38 minutos de prova e pelo km11 com pouco menos de 1 horas. E como é possível ver pela figura abaixo, passei pelo km9 com 52 minutos, mas na verdade foi com menos que isso pois essa figura considerava apenas o tempo bruto. Também registrei minha passagem pelo km16 com 1h27min. Mas foi aí que cansei: realmente não aguentava mais manter o mesmo ritmo e tive que tirar o pé do acelerador. Fiz os últimos 5km com a sensação de que estava me arrastando, e comecei a achar que fazer abaixo de 2 horas seria muito difícil. A bem da verdade o ritmo que mantive no final foi de 6 min/km, de modo que fechei minha participação nessa corrida com 1h57min35seg. Nada mal.


Um ponto interessante que gostaria de destacar nessa corrida foi o da conectividade. Embora eu já tenha participado de corridas cuja organização criou páginas no Facebook para promover o evento, esta foi a primeira que aproveitou-se da interatividade da rede. Ao dar "curtir" na página, fui perguntado se deixava que eles publicassem na minha linha do tempo. E veja só o que foi publicado: o mapa que coloquei aqui acima, um post automático no momento que passei pela parcial do km9, bem como as fotos da minha chegada, como a que eu coloco abaixo (fica fácil me achar pelo boné laranja).


No final das contas todos os amigos fizeram abaixo de 2 horas! Foi realmente muito legal encontrar todo mundo antes da largada e depois da chegada, ir embora conversando sobre a corrida e tudo mais. Algo que eu só havia vivenciado nas provas de revezamento, e em uma ou outra corrida na qual eventualmente encontrei algum colega.

A verdade é que me empolguei com essa corrida. E devido a vários outros fatores, decidi encarar outros desafios: a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro em Agosto e a Maratona Internacional de São Paulo em Outubro. Sim, quero encarar outra vez os 42k.

Segue finalmente a foto da medalha, encerrando este post. Até a próxima!