segunda-feira, 20 de maio de 2013

O final de semana da velocidade: Indy Run 2013

A Fórmula Indy é considerada por muita gente como a versão norte-americana da Fórmula 1. Enquanto a categoria de automobilismo mais famosa dentre os brasileiros nasceu na Europa e se espalhou pelo mundo inteiro, a Indy possui hoje corridas apenas nos Estados Unidos e no Canadá. E no Brasil! Desde que Emerson Fittipaldi decidiu se aventurar na Indy no final da década de 1980 o interesse pela categoria cresceu muito por aqui. Ainda mais na década seguinte quando uma legião de brasileiros invadiu as pistas da Indy. Gil de Ferran, Cristiano da Matta e Tony Kanaan já foram inclusive campeões. E Hélio Castroneves já venceu por 3 vezes as 500 milhas de Indianápolis, prova mais famosa da categoria. Dado o interesse do público brasileiro, decidiu-se organizar um GP Brasil de Fórmula Indy. Chegou a ser disputado no Rio de Janeiro no final dos anos 1990; e desde 2010 passou a ser sediado em uma pista de rua na Zona Norte de São Paulo, englobando o Sambódromo e a Marginal Tietê dentre outras vias com o nome de São Paulo Indy 300.

Mas calma aí, este blog não é sobre corridas de rua? O que a Fórmula Indy tem a ver com isso? A questão é que lá nos Estados Unidos é muito comum ver provas disputadas em circuitos de rua, como o caso dessa corrida em São Paulo. E lá também é comum que aproveitem a pista de rua para que, entre os treinos de sábado e a corrida de domingo, seja disputada uma corrida de rua no sábado à noite. Visto que as corridas de rua têm tido cada vez maior interesse no Brasil, os organizadores da prova decidiram trazer essa prática para cá. E com preços para lá de convidativos para aqueles que, assim como eu, decidiram unir o útil ao agradável e desfrutar dos dois eventos: Corrida de rua e Grande Prêmio.


A bem da verdade, apesar de ter ingresso para os treinos de sábado, acabei chegando ao autódromo apenas para a corrida de rua com largada prevista para as 19:00. Prevista, pois foi adiada em meia hora para que pudesse passar ao vivo no telejornal. Uma bola fora imensa dos organizadores: poderiam ter pensado nisso com alguma antecedência. Até porque já é a terceira vez que organizam essa corrida de rua aqui no Brasil. Realmente lamentável. Mas de qualquer modo, foi muito legal largar novamente no Sambódromo. Desta vez sem lasers nem fumaça como na última corrida noturna que participei. Muito pelo contrário: pendurado na grade logo antes do pórtico de largada e esbanjando simpatia ao cumprimentar os atletas que iniciavam a prova estava ninguém mais ninguém menos que Tony Kanaan, um dos brasileiros que atualmente corre na Indy. Claro que aproveitei a oportunidade para cumprimentá-lo também.

Pelo fato da corrida ser em um autódromo, que deve ser largo o suficiente para que alguns carros passem lado a lado, e também pelo fato de serem apenas 2200 corredores, a dispersão pós-largada foi das mais tranquilas que já vi. Logo saímos no Sambódromo e passamos pelo "S do Samba". Achei que nesse ponto muita gente iria desrespeitar as curvas, mas não foi o que aconteceu. Todo mundo respeitou as curvas. A seguir veio uma reta grande na Av. Olavo Fontoura. Ao final desta reta havia uma área de escape, e era possível ver as marcas de pneus no chão e sentir o cheio da borracha dos carros que chegaram a sair da pista por ali. Também foi interessante ver as mesmas marcas nas zebras, com muitos corredores tentando segui-las, subindo nas zebras e tudo mais. Uma verdadeira festa onde valia tudo.

Infelizmente logo após essa avenida a iluminação da pista era muito precária. A organização chegou a ligar os faróis de uma van para iluminar uma das pequenas retas ali do miolo. Tinha também um ponto de distribuição de água por ali. E logo em seguida iniciava-se a grande reta da Marginal Tietê, com mais de um quilômetro de extensão. Tão grande que nem era possível ver o final dela. Mal dava para ver o Sambódromo dali do começo da reta! Além de extensa, também muito larga: quatro faixas de trânsito para os atletas, que a essa altura já estavam muito dispersos. Muito legal também a experiência de correr na via local, enquanto os carros passavam pela via expressa, e poder ver ao longe algumas pontes conhecidas. Afinal de contas, essa deve ser a única corrida de rua que interdita a Marginal Tietê.

Cheguei ao Sambódromo para completar a primeira volta no momento em que anunciavam que os líderes se aproximavam para fechar a prova. Passei pelo tapete com algo em torno de 22 minutos. Mas os líderes ainda nem haviam terminado a Marginal nessa hora. Depois disso veio a segunda volta. Menos interessante que a primeira, como é normal em toda corrida com mais de uma volta no mesmo percurso. Até que comecei a me preocupar com o tempo. Mas visto que no meio daquela semana eu havia realizado um treino muito longo de preparação para a maratona, percebi que o corpo começou a cobrar seu preço. Sentia vontade de acelerar, mas o corpo simplesmente não respondia da mesma forma. E com uma pista larga daquelas não teria absolutamente nenhum problema em desviar de ninguém. O maior limitante era de fato eu mesmo. Completei a prova extenuado com 43 minutos e 14 segundos. Feliz por ter dado o máximo que eu podia, mas triste por saber que poderia ter sido melhor se não fosse o cansaço.



Mas tudo bem, o importante foi ter participado de mais uma corrida. E como ninguém é de ferro, domingo retornei ao autódromo para acompanhar a São Paulo Indy 300. Diferentemente da Fórmula 1 o som dos carros não chega a incomodar tanto os ouvidos, talvez por terem um som menos agudo. Muito legal ver a largada lançada e emocionante vibrar com as ultrapassagens. Principalmente pelo fato de o brasileiro Tony Kanaan ter liderado boa parte da prova. Infelizmente ele teve um problema com o cálculo do combustível e ficou de fora da briga pela corrida devido a uma pane seca. O público também vibrou quando Will Power, que havia vencido em São Paulo nas 3 edições já realizadas, abandonou. E a chegada foi simplesmente espetacular, com o canadense James Hinchcliffe ultrapassando o japonês Takuma Sato na última curva da corrida! Realmente emocionante.

Agora é hora de voltar aos treinos e focar no grande objetivo do ano: a maratona do Rio de Janeiro. Segue a foto da medalha!



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Map My Run - Abril 2013


No mês de abril acabei correndo praticamente a mesma distância do mês de Março. Não fiz nenhum treino de mais de 30km: meus longões ficaram na faixa dos 25km. Mas mesmo assim eu gostei do desempenho, principalmente porque consegui impor um bom ritmo (média levemente superior a 10km/h) nestes dois treinos. Isso sem falar que não fiquei completamente exaurido após estes treinos. Sinal de que meu corpo já se acostumou com essa distância.

Deixei o treino superior a 30km para o feriado do primeiro de maio. Mas justamente por isso vou deixar para comentar deste treino no próximo post. Ou melhor, daqui a dois posts, pois neste final de semana agora vou participar da Indy Run e pretendo escrever sobre essa prova antes do fim do mês.

Faltam 2 meses para a Maratona do Rio de Janeiro.