quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Desafio Farma Conde Arena

O ano de 2022 começou com uma nova onde de casos de COVID, mostrando que a pandemia ainda não havia terminado. Por esse motivo acabei não traçando nenhum objetivo de corrida no começo do ano. Preferi adotar a cautela e ver como seria o desenrolar dessa história.

Porém, logo no começo do ano passei por problemas pessoais que até me tiraram do foco das corridas. Não cheguei a parar com meus treinos, mas também não procurei novos desafios por um bom tempo.

Foi realmente quase no meio do ano, após ver vários amigos participando de uma Meia Maratona em São José dos Campos, que me animei e resolvi correr alguma prova. Dado o calendário local, uma boa candidata seria o Desafio Farma Conde Arena.

Situada na Via Oeste, uma via expressa de trânsito rápido em São José dos Campos, esse ginásio poli-esportivo foi uma daquelas obras de infra-estrutura que volta e meia era paralisada e depois retomada. Não acompanhei muito de perto o desenrolar dessa história, mas fato é que depois de muito tempo finalmente a arena foi concluída e havia sido recentemente inaugurada. A corrida de rua serviria, portanto, até mesmo para as pessoas poderem conhecer a arena e as imediações.

Desnecessário dizer que a entrega do chip foi na própria arena. A única coisa que lamento é que não foi dentro da quadra do poli-esportivo (como acontece por exemplo com a entrega dos kits da São Silvestre, que até a última vez que participei era dentro do Ginásio do Ibirapuera), mas sim no átrio de entrada do público. Dessa forma, não foi possível entrar na arena propriamente dita, mas apenas dar uma olhada de relance.

No dia da corrida, o amplo estacionamento da nova arena estava disponível para os participantes. E a própria concentração para a prova estava sendo realizada ali. 

Ao contrário da Meia de Santos, realizada em Novembro de 2021, com todos os cuidados necessários com a pandemia, a organização dessa prova não parecia minimamente preocupada com o vírus. Não foi necessário apresentar teste PCR ou comprovante de vacina para a retirada do kit, e muito menos para a entrada na região da largada. Eu me senti um extraterrestre por ter ido buscar meu kit de máscara, e por ficar com ela durante a concentração sempre muvucada da largada. Isso porque conheço muita gente que ficou doente no mês anterior. Um sinal de que, se a pandemia ainda não havia passado de fato, pelo menos a preocupação da maior parte das pessoas, essa sim já havia sido deixada para trás.

O percurso da corrida não foi muito diferente da prova da Track and Field do Shopping Colinas que participei em 2019. A diferença residia basicamente no ponto de largada e chegada (Arena ao invés do Shopping). Mas a bela manhã de sol de domingo no inverno e o ar até mesmo um pouco bucólico da Via Oeste foram uma bela inspiração para a participação nessa prova. Curiosamente encontrei um colega de trabalho na largada que eu nem sabia que corria. E pelo visto nem ele! Acabou me contando que era sua primeira corrida, que havia começado fazia pouco tempo por recomendação médica. Desejamos boa sorte um ao outro e logo foi dada a largada e estávamos correndo.

Eu não tinha nenhuma meta de tempo para a prova. Meu recorde pessoal dos 10k, obtido na prova da Tribuna em 2015 com 50min15seg, seria praticamente inalcançável dado meu nível de treino. Terminar a prova abaixo de 1h era praticamente obrigação para mim, pois sempre consegui fazer pelo menos esse tempo. Ficar abaixo dos 55min já parecia uma meta factível dada a realidade do momento.

Comecei a corrida um tanto quanto tranquilo, tentando apenas manter um bom ritmo e apreciar a paisagem da Via Oeste. Completei o primeiro quilômetro com 4min56seg, e logo constatei que tinha que reduzir um pouco o ritmo. Os dois quilômetros seguintes foram feitos com média de 5min08seg. Ainda muito forte, e eu percebia que não seria possíel manter o mesmo ritmo. O quarto quilômetro veio com 5min20seg, e a partir daí a coisa já parecia mais realista mesmo. Cruzei a marca dos 5km, metade do percurso, com 25min45seg. Na segunda metade da prova ainda mantive uma média de 5min20seg por quilômetro, tentando dar uma leve puxada no último quilômetro com o fôlego que ainda restava para cruzar a linha de chegada com 51min23seg! Nada mal!

Um outro detalhe é que foi apenas minha segunda corrida oficial com um relógio que marca as distâncias (antes disso usava o celular). E pela segunda vez a distância final marcada pelo relógio ficou abaixo da marcação oficial da corrida, foram apenas 9,78km. Uma pena, pois o app não reconhece que foi uma prova de 10km, logo não registra essa corrida como uma das melhores marcas de 10km. Acontece.



Como não poderia deixar de ser, finalizo o post com a foto de mais uma medalhinha de participação para a coleção. E que venham ainda muitas outras!


PS: Sim, a corrida foi em Agosto de 2022 e eu publiquei o post em Janeiro de 2024. Os desafios que a chegada da paternidade trouxe também impactaram a disponibilidade para treinar e participar de corridas. Retomar a escrita do post (que já estava bem avançado por sinal) durante o recesso de fim de ano foi uma forma de motivação para voltar a correr. Que venham portanto mais corridas!

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